Tendências de Vídeo Marketing 2026: Criatividade em Alta e IA como Aliada
Descubra as principais tendências de vídeo marketing para 2026 — da ascensão dos vídeos curtos ao uso estratégico de IA e conteúdo autêntico. Saiba como preparar sua marca para a nova era do vídeo.
O marketing em vídeo atingiu um novo patamar em 2025.
As empresas que entendem essa transformação não apenas ganham atenção, mas também fidelizam audiências de forma autêntica e escalável.
Segundo o relatório “Dropbox 2025 Video Marketing Trends” (fonte: Dropbox, 2025), os vídeos deixaram de ser apenas uma ferramenta de comunicação — tornaram-se o coração das estratégias de marketing digital.
O mercado brasileiro de vídeos entrou em uma nova era. Com o vídeo alcançando 99,54% da população nacional, segundo o estudo Inside Video 2025 da Kantar IBOPE Media, o formato se consolidou como o principal meio de comunicação e entretenimento no país.

O consumo é diário, multiplataforma e emocional — transformando os vídeos em um ponto de encontro entre marcas, criadores e audiência.
A grande pergunta é: você, sua marca ou sua empresa ficarão fora das tendências de vídeo marketing 2026? Bem, recomendo que, definitivamente, não.
O mercado de vídeos e o público brasileiro
O Brasil tem mais de 183 milhões de internautas, sendo que 94,6% das pessoas usam redes sociais e 88% consomem vídeos por streaming, de acordo com o relatório sobre o comportamento digital da Publya.
Os smartphones ainda são o principal dispositivo de acesso, mas o consumo de TVs conectadas cresce rapidamente, especialmente no YouTube, que já é a plataforma nº1 no país.
A audiência brasileira vem buscando cada vez mais autenticidade, diversão e identificação.

Conteúdos com toque de humor, storytelling real e formatos curtos dominam as principais plataformas (TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts).
Entretanto, há espaço crescente para formatos mais longos e narrativos, especialmente em YouTube e podcasts em vídeo, onde o público procura conversas e análises aprofundadas sobre praticamente qualquer tema.
O que os brasileiros mais assistem
Os gêneros mais consumidos pelos brasileiros atualmente incluem:
- Conteúdos de entretenimento (vlogs, humor e desafios);
- Vídeos educativos e de “faça você mesmo”;
- Conteúdos sobre bem-estar, estilo de vida e tecnologia;
- Games e transmissões ao vivo em qualquer nicho;
- Reviews e indicações de produtos (conteúdo gerado pelo usuário e influenciadores).

Esse comportamento reforça um ponto importante: a relação de confiança entre criadores e seguidores é o novo motor da mídia.
Criadores independentes — mesmo com públicos menores — conseguem engajamentos orgânicos superiores aos de grandes marcas.
E essa relação de produtor x influenciador tem se intensificado cada vez mais nos vídeos para que ambos possam sair ganhando.
A Era da Autenticidade e do Conteúdo Curto
As pessoas estão mais seletivas com o que consomem. Ponto.
O público quer vídeos reais, objetivos e humanos.
O formato curto — de até 60 segundos — continua dominando as plataformas, especialmente TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts.
44% dos consumidores preferem aprender sobre produtos por meio de vídeos curtos e mais da metade dos profissionais de marketing pretende aumentar o investimento nesse formato.
(Fonte: Dropbox 2025 Video Marketing Trends Report)
Esse comportamento abriu espaço para que marcas invistam em conteúdos espontâneos e menos ensaiados.
Os vídeos de bastidores, depoimentos de clientes e conteúdos gerados por usuários (UGC) são os que mais geram conexão genuína.
Em um mundo saturado de publicidade, a autenticidade é o novo diferencial competitivo.

Novas Plataformas e a Força do YouTube
Embora as redes sociais impulsionem o consumo de vídeos curtos, o YouTube mantém sua relevância como o segundo maior mecanismo de busca do mundo.
A plataforma continua sendo uma das mais influentes nas decisões de compra: 35% dos consumidores afirmam que o YouTube impacta suas decisões de compra, segundo o estudo do Dropbox.
Enquanto o TikTok cresce em engajamento, o YouTube oferece profundidade e longevidade — ideal para conteúdos explicativos, tutoriais e narrativas mais extensas.
Escalando a Produção com Eficiência
Uma das grandes dores das equipes de marketing é produzir mais vídeos sem inflar o orçamento.
O relatório aponta que 78% dos profissionais planejam publicar mais vídeos em 2025, mas apenas 57% têm mais recursos disponíveis.
A solução está na automação e na colaboração digital.

Inteligência Artificial: de Ameaça a Ferramenta Criativa
A inteligência artificial não veio para substituir os criadores, mas para empoderá-los.
Cerca de 75% dos profissionais de vídeo já utilizam IA em partes do processo, principalmente para tarefas repetitivas como transcrição, roteirização e edição.
(Fonte: Dropbox 2025 Video Marketing Trends Report)
O uso correto da IA permite que equipes se concentrem em estratégias, storytelling e composição visual. Ferramentas como ChatGPT, DALL·E e Runway estão redefinindo o fluxo criativo, diminuindo o tempo de produção sem comprometer a qualidade.
O Novo ROI: Métricas que Realmente Importam
Com até 30% dos orçamentos de marketing destinados a vídeo, provar o retorno sobre o investimento tornou-se essencial.
As métricas de vaidade — visualizações e curtidas — já NÃO bastam. As empresas líderes estão focadas em indicadores estratégicos, como taxa de conversão, tempo de engajamento e percepção de marca.
Demonstrar o impacto do vídeo sobre objetivos de negócio — como retenção de clientes e reconhecimento de marca — será o diferencial para justificar novos investimentos.
Oportunidades e desafios para produtores independentes
O mercado brasileiro de criadores de vídeo movimenta bilhões.
De acordo com a Forbes Brasil, o setor conhecido como Creator Economy pode atingir US$ 480 bilhões até 2027 no mundo, com o Brasil ocupando posição de destaque.
AVISO No país, cerca de 140 mil empregos já são sustentados pelo ecossistema de vídeo do YouTube.
Por outro lado, a renda média de criadores mostra uma realidade desafiadora: 31% ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais, enquanto apenas 0,5% ultrapassam R$ 100 mil.
A competição é intensa e os algoritmos mudam constantemente, exigindo estratégia e diversificação de canais.
Os principais desafios incluem:
- Manter consistência e relevância em meio à saturação de conteúdo;
- Lidar com a monetização instável das plataformas;
- Equilibrar autenticidade e patrocínios;
- Investir em equipamentos, edição e distribuição em diferentes telas.

Porém, ao mesmo tempo, surgem novas oportunidades:
- Conteúdo interativo e imersivo (AR e VR) que permite experiências mais personalizadas;
- A expansão das transmissões ao vivo, que fortalecem comunidades e fidelizam públicos;
- O crescimento dos vídeos verticais voltados para dispositivos móveis;
- E a integração com inteligência artificial, que facilita roteirização, legendagem e análise de desempenho.
O Futuro: Criatividade Sustentável e Estratégia Multicanal
A próxima fronteira das tendências de vídeo marketing 2026 é a integração entre eficiência e emoção.
O conteúdo precisa se adaptar a cada canal, mas manter coerência de marca. Equipes híbridas (internas e freelancers) e fluxos colaborativos digitais estarão no centro dessa evolução.
No próximo ano, vencerão as marcas que entenderem que “trabalhar de forma mais inteligente” é o verdadeiro motor do crescimento criativo.
Misturar o poder da IA com a sensibilidade humana é o caminho para narrativas mais relevantes e memoráveis.
O consumo social e o poder da comunidade
O brasileiro é um dos públicos mais engajados do mundo.
55% das interações nas redes da América Latina vêm de vídeos, superando as publicações estáticas.
Em 2025, as comunidades digitais e fandoms se consolidam — grupos de fãs deixam de apenas consumir e passam a criar conteúdo colaborativo, ampliando o alcance dos criadores.
Além disso, o avanço da TV conectada traz uma mudança importante: assistir conteúdo digital na sala de casa se tornou um hábito para 75 milhões de brasileiros. Isso significa que o vídeo online já compete diretamente com a televisão tradicional — e, em muitos casos, a supera.

Conclusão
O cenário audiovisual brasileiro é vibrante, diverso e em plena expansão.
Em 2026, quem dominará o mercado de vídeo não será necessariamente quem tem mais seguidores, mas quem souber ler dados, entender pessoas e contar boas histórias.
Produtores independentes que combinarem criatividade, autenticidade e estratégia multiplataforma terão as maiores chances de sucesso.
O vídeo não é mais tendência; é linguagem universal. E no Brasil, essa linguagem ganha sotaque, emoção e um ritmo que só os criadores daqui sabem colocar na tela.





