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✅ Última atualização em 11/07/2023

Com tantos formatos de áudio para vídeo disponíveis, como fazer a melhor escolha para usá-los durante a edição e exportação de vídeos?

Arquivos de áudio representam uma pequena parte em termos de tamanho de arquivo se comparados com os arquivos de vídeos, porém de mesma importância quanto estes.

Independentemente do tipo de compressão do arquivo de áudio (que falaremos a seguir), câmeras e computadores processam mais rapidamente arquivos de áudio (dependendo de sua complexidade), levando menos tempo e ocupando um espaço menor em disco em relação aos vídeos.

No passado, algumas versões de programas de edição não eram compatíveis com a maioria dos formatos de áudio, o que ocasionava conflitos ou travamento do programa de edição por conta de incompatibilidade.

Atualmente, com o avanço tecnológico destas plataformas de edição não-linear, programas como o Adobe Premiere Pro, Final Cut Pro X e DaVinci Resolve possuem uma integração maior com diferentes formatos de áudio e codecs estando cada vez mais estáveis e livres de erros.

Um fator básico que precisamos entender quando falamos de áudio é a compressão.

Mulher editando áudio em ilha de edição

Quando um arquivo de áudio é gravado em seu estado nativo e tem seu tamanho de arquivo original e qualidade reduzidos durante a edição, dizemos que ele sofreu uma “compressão”, ou seja, parte da informação contida dentro do arquivo (dados) é eliminada para que ele se torne menor e de fácil transmissão através dos meios de comunicação como a televisão e Internet e reprodução/compatibilidade em certos dispositivos (computadores, smartphones, tablets).

Nesse caso dizemos que o arquivo foi comprimido.

Quando um arquivo de áudio é comprimido significa que seu tamanho sofreu uma redução, ou seja, passa a ser menor em relação ao original e, consequentemente, sua qualidade (já que parte das informações contidas foram eliminadas – como é o caso dos populares arquivos MP3).

Então, caso eu comprima meus arquivos de áudio na edição, vou perder parte do conteúdo de áudio gravado?

Não. O que é eliminado são apenas dados contidos no arquivo para que seu tamanho seja reduzido e possa ser enviado com maior rapidez ao destino (YouTube, Vimeo, via e-mail, etc…).

Já, arquivos sem compressão são “mais pesados” (pois contém todas as informações da captação original) e de alta qualidade como é o caso do formato AIFF (utilizado em larga escala nos computadores Apple) e o formato WAV (mais comuns nos PC’s).

Linear PCM e Dolby Digital

Algumas câmeras camcorders como a Sony HXR-NX5 oferece dois tipos de áudio, Linear PCM (não comprimido) e Dolby Digital (comprimido, arquivos do tipo AC3). Conforme descrito anteriormente, a escolha dependerá de quanto espaço você esteja disposto ou consiga armazenar em disco e da qualidade a ser captada.

Estes dois formatos são amplamente utilizados na produção de vídeo. Caso opte pelo formato Linear PCM, poderá futuramente comprimi-lo na hora que for exportar o arquivo com a extensão final desejada.

Veja na tabela abaixo alguns dos formatos de áudio mais comuns utilizados em computadores Windows e Apple. Note que, em alguns reprodutores de áudio nos computadores Windows e Apple, é necessário o codec correspondente instalado para que o áudio possa ser reproduzido.

Tabela dos formatos de áudio para vídeo

Formatos de Áudio

AAC (Advanced Audio Coding) – também conhecido como M4A, este tipo de extensão de arquivo é similar ao MP3, porém com algumas melhorias ocupando um pouco menos de espaço em disco.

WMA (Windows Media Audio) – extensão de arquivo de áudio de propriedade da Microsoft (e muito utilizado no Windows Media Player), possui compressão e é comparado com arquivos do tipo MP3.

MP3 (MPEG Audio Layer III) – talvez o mais popular entre os tipos de arquivos de áudio comprimidos existente. Não é o formato mais recomendado, mas sem dúvida é o preferido pelos reprodutores de áudio/vídeo por ser leve (rápida transmissão via Internet) e com baixa perda de qualidade sendo quase imperceptível ao ouvido humano. Apesar de ter uma fração do tamanho do arquivo de áudio comparado ao formato WAV, a qualidade de som dos arquivos MP3 é amplamente aceitável.

OGG Vorbis – mais uma alternativa ao MP3, porém menos popular, este formato tem a capacidade de guardar informações pertinentes ao arquivo como nome do autor do arquivo, a data que o arquivo foi criado, entre outros. Mas nem todos os programas de edição e/ou reprodutores de áudio e vídeo podem acessá-lo. Recomenda-se seu uso quando este arquivo for o único formato reconhecido pelo reprodutor de mídia que irá utilizar.

AIFF (Audio Interchange File Format) – de propriedade da Apple, este formato de áudio possui alta qualidade, sem compressão e com tamanho de arquivo bem maior do que o MP3, mas também compatível com o sistema Windows.

WAV ou WAVE (Waveform Audio File Format) – de propriedade da Microsoft, este tipo de arquivo de áudio é similar ao AIFF e mais encontrado em PC’s com sistema operacional Windows. Por não haver compressão, são de alta qualidade e seus arquivos são grandes em tamanho. Muitas das trilhas sonoras vendidas em sites especializados para utilização em vídeos estão no formato WAV.

 Apple Lossless – conhecido pela extensão de arquivo M4A e de propriedade Apple, este formato mantém a qualidade do áudio sem perder nenhum detalhe. Apesar de ser comprimido assim como os arquivos AAC, sua qualidade é fiel ao áudio original. No entanto, pode não ser 100% compatível com dispositivos que utilizam o sistema operacional Windows.

Câmeras DSLR’s como a Canon EOS Rebel T6i e T7i gravam seus arquivos de áudio no formato AAC. Já a Sony Cyber-shot DSC-RX100 VII e a Sony Alpha a7 Mirrorless gravam em AC3, Linear PCM e AAC LC, AC3 respectivamente.

Conforme as especificações de sua câmera, dê preferência para arquivos de áudio sem compressão (quando houver a possibilidade de escolha) para que possa ter a mais alta qualidade possível, a menos que necessite gravar muitas horas de vídeo seguidas sem a possibilidade de trocar o cartão de memória. Mesmo assim, com a grande variedade de marcas e tipos de cartões de memória disponíveis no mercado, o tamanho dos arquivos de áudio sem compressão vem se tornando uma preocupação a menos.

Ao exportar seu arquivo de vídeo, a escolha do codec ideal de áudio dependerá mais do meio em que exibirá seu vídeo (TV, Internet, smartphones, etc) do que o tamanho de espaço disponível em disco.

Plataformas de hospedagem de vídeos como YouTube e Vimeo tem suas características específicas em relação ao codec de áudio preferencial. Arquivos MP3 e AAC são compatíveis com a maioria dos reprodutores de vídeo e, mesmo sendo comprimidos, podem passar despercebidos em relação ao arquivo de áudio original se exportados em uma alta taxa de bits.

Conclusão

Sempre que possível, evite a compressão de arquivos de áudio que já tenham sido comprimidos anteriormente, como, por exemplo, transformar um arquivo WMA e convertê-lo para MP3. Caso isso ocorra, haverá uma perda de dados e consequentemente uma redução da qualidade do arquivo.

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