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4 Técnicas de Cinema Que Os Filmes de Indiana Jones Nos Ensinou

Veja o que a saga do arqueólogo mais famoso da história do cinema, Indiana Jones, nos ensinou desde seu lançamento em 1981.

Quando falamos em Indiana Jones, logo nos vem à mente a famosa trilha sonora criada majestosamente pelo mestre da composição musical John Williams.

Close up de Indiana Jones (9)

Combinado a música que nos revela aos poucos as cenas de ação e aventura vividas pelo lendário ator norte-americano Harrison Ford e a cadencia com que nos eleva da poltrona, não há quem não se sinta parte da história por alguns momentos.

O início da saga

Tudo começou em 1981 quando Steven Spielberg dirigiu o primeiro filme da franquia, “Os Caçadores da Arca Perdida”.

Produzido por George Lucas, a obra combina ação, aventura e elementos de filmes de aventura típicos da década de 1930.

Steven Spielberg Harrison Ford e George Lucas (13)

George Lucas, Harrison Ford e Steven Spielberg

Como um forte elemento de época em muitos dos filmes de arqueologia, a trama se passa em 1936, e acompanha o renomado arqueólogo Indiana Jones, interpretado por Harrison Ford.

No filme, Doutor Jones é recrutado pelo governo dos Estados Unidos para encontrar a Arca da Aliança, uma relíquia bíblica que supostamente contém poderes sobrenaturais.

Então, o arqueólogo embarca em uma jornada perigosa que o leva a diversos locais exóticos, como o Peru, o Nepal e o Egito enfrentando perigosos inimigos, incluindo o arqui-inimigo René Belloq, interpretado por Paul Freeman, e a cruel agente nazista, Irina Spalko, interpretada por Karen Allen.

Ao longo da história, Indy lida com armadilhas mortais, traições e enigmas arqueológicos emocionantes, enquanto busca proteger a Arca da Aliança e impedir que ela caia nas mãos erradas.

Foto de Indiana Jones (19)

Como vemos em outras edições da saga, “Os Caçadores da Arca Perdida” é conhecido por sua mistura perfeita de ação, humor, efeitos visuais impressionantes para a época e sequências de ação icônicas.

Frente ao enorme sucesso (e ainda mais do que estaria por vir em mais de 30 anos da história do cinema), Steven Spielberg não perdeu a oportunidade e, junto com o produtor George Lucas, reescreveram a história lançando “Indiana Jones e o Templo da Perdição” em 1984.

Mais uma vez, Dr. Jones, em seu segundo filme da franquia, se encontra em apuros após um negócio de diamantes dar errado.

Cena de Indiana Jones na sala de aula (16)

Ele acaba escapando com a ajuda de uma cantora de cabaré e seu jovem parceiro trapaceiro, Short Round, embarcando em uma jornada que os leva até um remoto vilarejo na Índia onde descobrem um segredo sombrio por trás de um templo.

Como não poderia deixar de ser, o filme apresenta uma série de sequências emocionantes, incluindo perseguições de carro, confrontos com cultos misteriosos, armadilhas mortais e uma batalha final contra forças maléficas dentro do templo.

Já em “Indiana Jones e a Última Cruzada” de 1989, seu último filme na década de 80, Indy está em busca do Santo Graal, o lendário cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia.

Seu pai, o excêntrico professor Henry Jones, interpretado por Sean Connery, desaparece enquanto procurava pelo Graal. Indiana descobre pistas que levam a um diabólico grupo nazista que também está em busca do Graal para ganhar poder e imortalidade.

Indiana Jones correndo (7)

Como veremos mais adiante a espetacular aplicação de técnicas de storytelling em toda a saga, ao longo da trama, pai e filho enfrentam armadilhas mortais misturando ação, humor e a dinâmica cativante entre Indiana Jones e seu pai.

A história se repete

Dezenove anos após lançamento de “Indiana Jones e a Última Cruzada” (e apesar de muitas críticas sobre a construção da narrativa em relação aos últimos lançamentos), o quarto filme da saga foi considerado como uma salvação da franquia Indiana Jones por reviver o tema quase duas décadas depois e introduzir novos personagens e uma nova temática ao modo ficção científica em todo o enredo narrativo (algo esperado no último filme da saga, “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” em 2023).

“Indiana Jones e a Última Cruzada” foi um marco na saga de George Lucas e Steven Spielberg como produtor, roteirista e diretor e, já pensando em um desfecho para o ator Harrison Ford (e não substituí-lo no papel de Indiana Jones), um capítulo final será lançado em 30 de junho de 2023 intitulado “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”.

Valiosos ensinamentos da saga Indiana Jones para o cinema

Desde os tempos áureos do cinema no final de década de 20 até o início dos anos 40, aprendemos muito com histórias e técnicas introduzidas na arte por renomados profissionais da indústria do cinema.

E com o passar dos anos, novas ideias e construções de narrativas foram sendo aprimoradas, criadas e adaptadas cada uma à sua época.

Com a saga Indiana Jones não foi diferente e prevalece até os dias de hoje.

Temos em mãos um tesouro cinematográfico que nos cativa desde sua estreia nos anos 80.

Além de suas emocionantes aventuras e cenas repletas de ação e efeitos especiais adicionados a personagens emblemáticos e carismáticos, a franquia torna-se praticamente uma aula de cinema, com valiosos ensinamentos sobre os aspectos técnicos, roteiro, storytelling, direção e cinematografia.

Bastidores de Indiana Jones (20)

Vamos explorar alguns desses aprendizados que tornaram Indiana Jones um marco no mundo do cinema.

1. Storytelling

Alguns filmes nos ensinam que, ao contar uma história, é importante explorar elementos familiares e arquétipos que ressoam com o público.

Indiana Jones personifica o arquétipo do herói aventureiro em busca de alguns objetivos como tesouros e relíquias antigas.

Ao mesmo tempo, a saga cria uma mitologia própria ao apresentar personagens marcantes, como o arqui-inimigo René Belloq e seu excêntrico, Henry Jones.

Através de sua rica mitologia, nota-se a importância de construir personagens e uma estrutura narrativa que se conectem com o público de forma profunda em cada um de seus filmes.

Assista ao trailer do filme “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981)

Sabe-se que um bom roteiro é a base de qualquer filme de sucesso e a saga Indiana Jones não deixa absolutamente nada a desejar neste aspecto.

Os roteiros de Indiana Jones apresentam uma jornada clara não apenas para seu protagonista como também para todos os outros atores, repleta de obstáculos, plots e reviravoltas emocionantes.

O equilíbrio dos elementos de ação, humor, romance e momentos de tensão é magistralmente executado.

Indiana Jones segurando chicote (12)

A saga nos mostra que um roteiro bem construído pensando em seus personagens, no público e nas sequências que estariam por vir foram essenciais para criar uma história envolvente e cativante mergulhado na mitologia e no imaginário coletivo.

2. Cinematografia

Podemos dizer que a cinematografia de Douglas Slocombe (nos três primeiros filmes) e Janusz Kamiński (em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”) foram trabalhos realizados com excelência e do mais alto padrão no aspecto da direção de fotografia.

Bastidores do filme Indiana Jones (8)

A saga nos mostra que a direção de fotografia pode transformar uma cena comum em uma experiência visual imersiva que nos transporta para dentro da história.

Em “Os Caçadores da Arca Perdida” de 1981 vemos uma estética clássica e rica em detalhes.

Slocombe utilizou uma combinação de lentes anamórficas e câmeras Panaflex para capturar a ação e os cenários de tirar o folego.

De planos abertos que enfatizam a vastidão dos locais até closes dramáticos que acentuam a expressão dos personagens, as técnicas de captação foram exploradas ao extremo.

Câmera na grua (17)

Em locações como o deserto de Tabernas, na Espanha, e a Tunísia, a equipe enfrentou desafios de filmar em condições extremas e remotas. No entanto, o que Spielberg queria era garantir a autenticidade e grandiosidade visual do filme.

No filme “Indiana Jones e o Templo da Perdição” de 1984, Douglas Slocombe apresenta uma atmosfera mais sombria e intensa para refletir a natureza do enredo.

O uso de tons mais frios e sombrios colabora para estabelecer a sensação de perigo e mistério.

Assista ao trailer do filme “Indiana Jones e o Templo da Perdição” (1984)

Slocombe explora ângulos de câmera criativos para destacar as sequências de ação e as armadilhas mortais enfrentadas pelos personagens.

Além disso, o filme apresenta cenas notáveis ​​como a perseguição do rio e a travessia da ponte pênsil, que foram filmadas em cenários desafiadores, adicionando um elemento de autenticidade às sequências.

Em sua última participação como diretor de fotografia da saga em 1989, Slocombe mantém o visual característico da franquia, com cores ricas e uma variedade de paisagens exóticas em “Indiana Jones e a Última Cruzada”.

O filme apresenta uma combinação de locações reais e cenários construídos, com a equipe enfrentando desafios de filmagem em países como Veneza e Alemanha.

Steven Spielberg operando câmera de cinema (14)

Slocombe procura enfatizar a ação e a emoção das sequências, como as cenas de perseguição de motocicleta e a batalha final no templo.

Por fim, estreando na cadeira de diretor de fotografia e liderando uma equipe de mais de 170 profissionais (apenas no departamento de câmera e elétrica), Janusz Kamiński toma a frente em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”.

Capa do DVD de Indiana Jones (1)
Contra-Capa do DVD de Indiana Jones (1)

Kamiński apresenta um visual moderno, enquanto mantém a essência da franquia.

Nesta fase (e já tirando proveito das avançadas câmeras digitais de alta resolução), ele usa o que havia de mais atualizado no aspecto de imagem como as câmeras Arriflex 235 e lentes Panavision Primo e Série C e E, câmera Arriflex 435 e lentes Panavision Primo e câmera Panavision Panaflex Millennium XL e lentes Panavision Primo.

Câmera de cinema na grua (10)

Com toda tecnologia disponível em mãos, Kamiński explora ângulos de câmera dinâmicos para intensificar a ação e criar tensão.

No entanto, a equipe enfrentou desafios técnicos para criar cenas como a perseguição pela floresta e a sequência no hangar, equilibrando a ação física com efeitos visuais de última geração.

Podemos dizer que a cinematografia, em todos os filmes da saga Indiana Jones, desempenha um papel vital na criação da estética e imersão nas aventuras do arqueólogo fictício mais famoso da história do cinema.

Operador de câmera no filme de Indiana Jones (18)

Da escolha meticulosa das lentes até as fabricantes de câmeras mais precisas, de fato a cinematografia contribui para jamais esquecermos que uma boa história se constrói através da combinação de vários elementos, criativos e técnicos.

3. Direção de atores

Não podemos negar e muito menos discutir que a direção de Steven Spielberg foi um dos elementos-chave para o sucesso visual da saga Indiana Jones e o legado duradouro dos filmes.

A importância da composição visual para criar cenas memoráveis não vem por acaso, mas sim de muita pesquisa, criatividade e experiência na indústria do cinema mais que vivida do diretor de E.T: O Extraterrestre, A Lista de Schindler, O Resgate do Soldado Ryan, entre muitos outros de sucesso.

Steven Spielberg e Indiana Jones no set (15)

Steven Spielberg e Harrison Ford durante as filmagens

Desde a seleção cuidadosa de cada um dos atores e atrizes até os ângulos de câmera e a iluminação evocativa, cada quadro é meticulosamente planejado para transmitir emoção e capturar a grandeza do que Indiana Jones tem representado na cultura pop mundial.

Desde a seleção cuidadosa de cada um dos atores e atrizes até os ângulos de câmera e a iluminação evocativa, cada quadro é meticulosamente planejado para transmitir emoção e capturar a grandeza do que Indiana Jones tem representado na cultura pop mundial.

Steven Spielberg (6)

A direção de Spielberg tem sido marcada por sua habilidade em criar uma atmosfera envolvente entre personagens e a audiência, transmitir emoção e extrair o melhor do seu elenco.

Em “Os Caçadores da Arca Perdida”, Spielberg estabelece o tom e a atmosfera únicos que se tornariam uma marca registrada da franquia.

O diretor demonstra sua maestria ao construir cenas icônicas, como a sequência de abertura no templo, a perseguição do caminhão e o clímax com a abertura da Arca.

Em “Indiana Jones e o Templo da Perdição”, a direção é levada a um tom mais sombrio e intenso criando uma atmosfera mais densa e assustadora ao explorar temas como magia e sacrifícios humanos em uma experiência cinematográfica visceral, com sequências arrepiantes, como a passagem pelo Templo do Pankot e a icônica cena do coração arrancado.

Cenas do filme Indiana Jones (11)

Já em “Indiana Jones e a Última Cruzada”, Spielberg traz uma dinâmica especial à direção ao introduzir o personagem do pai de Indiana Jones, interpretado por Sean Connery construindo uma dinâmica convincente entre pai e filho e explorando o relacionamento complexo entre os personagens.

Assista ao trailer do filme “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989)

E no último filme lançado até o momento da publicação deste post, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” de 2008 retorna após um hiato de quase duas décadas desde o último filme.

A direção traz de volta a nostalgia e o espírito aventureiro dos filmes anteriores.

Spielberg mantém sua habilidade em criar sequências de ação emocionantes, como a perseguição na selva e a fuga de um esconderijo soviético incorporando novos elementos visuais, graças ao avanço da tecnologia cinematográfica, sem perder a essência da saga.

4. Direção de Arte

A direção de arte desempenha um papel fundamental na criação dos mundos visualmente ricos e autênticos da saga Indiana Jones.

E quando falamos em direção de arte incluímos maquiagem, figurino, produtores de locação e de objetos (aderecista), cenografia, pintores, contra-regra, efeitos especiais (de maquiagem, cabelo), entre outros.

Em “Os Caçadores da Arca Perdida”, liderado por Norman Reynolds, o filme apresenta uma ambientação meticulosamente projetada, que abrange desde as ruínas exóticas das florestas tropicais até os vastos desertos do Oriente Médio.

A equipe de direção de arte trabalhou em estreita colaboração com o diretor Steven Spielberg para capturar a atmosfera e o estilo dos filmes de aventura clássicos dos anos 1930.

O casting foi um processo crucial para encontrar atores que se encaixassem perfeitamente nos papéis e trouxessem autenticidade aos personagens.

Indiana Jones e Shia Laboeuf (5)

Harrison Ford e Shia LaBeouf (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal) 2008

O figurino, sob a supervisão de Deborah Nadoolman Landis, foi projetado para refletir o estilo da época, com Indiana Jones vestindo seu icônico chapéu, jaqueta de couro e chicote.

Já o departamento de maquiagem trabalhou para criar visualmente os personagens, como as cicatrizes no rosto de Indiana Jones e as características distintas de cada um dos vilões.

No filme de 1984, “Indiana Jones e o Templo da Perdição”, a direção de arte ficou a cargo de Elliot Scott. O filme apresenta um visual sombrio e misterioso para refletir a natureza mais obscura da história conforme citado anteriormente.

A direção de arte foi responsável por criar cenários como o Palácio Pankot, o Templo de Kali e as catacumbas subterrâneas, cada um com sua própria identidade visual.

O casting foi novamente uma parte essencial do processo, com a seleção de atores que trouxessem autenticidade aos personagens e se encaixassem na atmosfera mais sombria do filme.

O departamento de figurino, liderado por Anthony Powell, trabalhou para criar roupas que refletissem o contexto histórico e a cultura local tendo a equipe de maquiagem como função desempenhar um papel crucial na criação de efeitos visuais, como as cenas de possessão e os efeitos de envelhecimento.

Elliot Scott ficou a cargo mais uma vez da direção de arte em “Indiana Jones e a Última Cruzada”.

O filme apresenta uma variedade de locações e cenários, desde a Universidade de Marshall até os castelos europeus e desfiladeiros venezianos.

O casting foi um processo essencial para encontrar o ator ideal para interpretar o pai de Indiana Jones tendo como escolhido o experiente Sean Connery trazendo uma dinâmica especial ao elenco.

Indiana Jones em frente a um avião (21)

O departamento de figurino, liderado por Joanna Johnston, trabalhou para criar roupas que refletissem a personalidade e o contexto histórico dos personagens (como não poderiam deixar de ser).

A equipe de produção de locação desempenhou um papel fundamental na busca e identificação e preparação das locações reais, ajudando a criar a autenticidade visual do filme.

O departamento de maquiagem contribuiu mais uma vez para a caracterização dos personagens, incluindo a criação das cicatrizes de Harrison Ford e o envelhecimento de Sean Connery.

No primeiro filme dos anos 2000, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, a direção de arte foi liderada por Guy Hendrix Dyas.

O filme apresenta uma variedade icônica de cenários e locações, desde a floresta amazônica até a base militar soviética.

O casting foi novamente um processo crucial para encontrar o elenco certo para trazer os personagens à vida.

Os figurinistas, sob a supervisão de Mary Zophres, trabalharam para criar roupas que fossem autênticas ao período da Guerra Fria e que refletissem as características dos personagens.

O produtor de locação desempenhou um papel importante na identificação de locais que evocassem os ambientes desejados, trabalhando em conjunto com a direção de arte para criar o mundo visual do filme.

Assista ao trailer do filme “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008)

Maquiadores, cabelereiros, especialistas em perucas, profissionais de próteses, entre outros, contribuíram para a caracterização de cada um dos personagens, incluindo a criação de efeitos especiais para cenas de ação e envelhecimento dos personagens.

Para se ter uma ideia, apenas no departamento de maquiagem havia mais de 90 profissionais no filme da saga de 2008, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”.

Como podemos ver, a direção de arte em toda a saga Indiana Jones desempenha um papel crucial na criação de ambientes autênticos, personagens realistas e visualmente ricos.

Indiana Jones em ação (22)

Todo o processo de casting, o trabalho de figurinistas, o envolvimento do produtor de locação e objetos e o departamento de maquiagem trazem vida aos personagens e o mundo em que eles habitam.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023)

O que sabemos até agora há poucas horas do lançamento do último filme da saga é que, de acordo com algumas fontes que já tiveram acesso a pré-estreia do filme como os portais de notícias especializados Movie Talkies e TheCinemaholic, “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” traz na sequência de “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” de 2008 uma nostalgia para os fãs originais da série com o mesmo objetivo: mantar os espectadores conectados do começo ao fim.

Dirigido por James Mangold, o filme acabou sendo criticado por não conseguir resgatar a ideia (ou pelo menos a atmosfera) vivida pelo herói Indiana Jones nos anos 80.

Sabemos que certos costumes, cultura e a época que vivemos estão longe de serem o que eram há mais de 30 anos.

A própria feição e características físicas de Harrison Ford acaba que “desmistificando” o rótulo de mocinho do cinema pelo avanço natural da idade, o que para algumas pessoas, não se “encaixam” no padrão Indiana Jones de ser.

Para alguns, a conexão emocional com seus personagens acaba que sendo insuficiente, ou em outras palavras, não tendo graça ou o apelo que tinham nos filmes dos anos 80.

Uma coisa é certa. Jamais poderemos dizer, se quer pensar, que o legado que Ford deixa para a história do cinema será esquecido.

“Indiana Jones e a Relíquia do Destino” traz efeitos especiais de tirar o folego como as partes jovens de Dr. Jones.

Além do enredo, a cinematografia de Phedon Papamichael é brilhante nas cenas de ação e perseguição.

Além disso, traz uma boa direção de arte no quesito produção de locação remetendo a um breve retorno nostálgico aos anos 1980 de Spielberg na direção.

Assista ao trailer do filme “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008)

Veja a lista dos filmes de Indiana Jones estrelados por Harrison Ford, juntamente com seus respectivos anos de lançamento:

  1. “Os Caçadores da Arca Perdida” (Raiders of the Lost Ark) – 1981
  2. “Indiana Jones e o Templo da Perdição” (Indiana Jones and the Temple of Doom) – 1984
  3. “Indiana Jones e a Última Cruzada” (Indiana Jones and the Last Crusade) – 1989
  4. “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull) – 2008
  5. “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” (Indiana Jones and the Dial of Destiny) – 2023

Conclusão

Silhueta de Indiana Jones (3)
Chapéu e chicote de Indiana Jones (4)

A saga Indiana Jones transcende o entretenimento e nos ensina lições valiosas sobre os aspectos técnicos, roteiro, storytelling, direção e cinematografia.

Através de suas vibrantes e realistas cenas de ação e aventura, roteiros bem construídos, mitologia cativante, direção excepcional e composição visual impactante, a saga continua a inspirar cineastas, filmmakers e entusiastas do cinema até hoje.

Seja você um aspirante a diretor, roteirista ou amante da sétima arte, a saga Indiana Jones oferece um verdadeiro tesouro de conhecimentos em cinematografia.

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