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Os Desafios da Profissão de Videomaker

Vale a pena se tornar um videomaker nos dias de hoje? Quais são os desafios? O que deve ser feito para entrar nesse mercado? Saiba aqui.

O vídeo marketing, o marketing de conteúdo, os canais de YouTube, as redes sociais, as plataformas de ensino, entre outras, dependem dos vídeos para sobreviver.

Pode parecer algo inimaginável, mas isso já é uma realidade.

A profissão de videomaker se tornou uma profissão desejada por artistas, criadores, cinéfilos, amantes da tecnologia, influenciadores e tantos outros entusiastas das artes visuais.

A frase acima até parece um clichê de propaganda publicitária. Mas se pararmos para pensar, é assim que essa profissão tão valorizada em empresas e produtoras de vídeos está sendo vista e valorizada no mercado audiovisual.

E não é para menos!

Segundo uma pesquisa do site Hubspot de 2022, 35% dos profissionais de marketing planejaram utilizar vídeos em suas estratégias de negócios pela primeira vez naquele ano. E que o YouTube é a plataforma mais popular para publicação de conteúdo em vídeo na frente de Facebook, Instagram, Twitter e LinkdIn.

A pesquisa mostra também que 53% dos profissionais de marketing otimizam fotos ou vídeos para os mecanismos de pesquisa (Google, Bing, etc.) e 49% dos profissionais de marketing consideram essa (vídeos) uma de suas estratégias mais eficazes.

Mas ser um videomaker tem seus desafios também.

Conseguir o primeiro emprego ou os primeiros clientes é difícil quando não temos experiência de atuação na área ou um portfólio mais sólido.

Videomakers

Se você pretende financiar um projeto audiovisual mais caro pode ser difícil e levar tempo. Para isso será preciso buscar por suporte financeiro de amigos e parentes, editais do governo, instituições financeiras ou através de campanhas coletivas online.

Também, para ser um bom videomaker é preciso possuir habilidades técnicas e artísticas de produção de vídeo e ser capaz de produzir conteúdo diferenciado de alta qualidade e criatividade para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

E tendo um bom trabalho para ser apresentado, o videomaker deve possuir boas técnicas de persuasão e promoção para “aparecer” para o seu público.

Outro grande desafio da profissão de videomaker é saber como gerenciar o tempo, tanto o seu quanto de sua equipe (quando houver).

Por conta da grande demanda por projetos e pelos orçamentos apertados, diversos projetos audiovisuais têm data certa para terminar. Isso quer dizer que, se o prazo não for cumprido, mais recursos deverão ser injetados para a conclusão de um projeto que já começou.

E isso leva a um outro grande desafio: a competição. E não estamos falando da competição de filmes de curta e longa metragem dos festivais, mas sim da acirrada corrida pela captação de trabalhos.

Se o videomaker não for criativo, profissional o suficiente, não souber gerenciar o tempo, não souber promover seu trabalho e não ter recursos financeiros suficiente para finalizar um determinado projeto, sua vaga será preenchida.

Portanto, esteja atento(a) e pronto(a) para atender a um mercado exigente, dinâmico e concorrido, mas que proporciona um retorno e satisfação profissional que valem a pena cada etapa conquistada com suor, muito trabalho, paciência, dedicação e amor pela atividade.

O que é ser videomaker?

A profissão de videomaker é bastante ampla.

Existem diferentes segmentos nos quais um videomaker pode trabalhar.

De projetos de vídeos para o YouTube e vídeos curtos par redes sociais a grandes produções do cinema e da publicidade, videomakers podem atuar em produções publicitárias, filmes longa-metragem, filmes documentários, programas de TV, reality shows, vídeos institucionais e corporativos, vídeos para eventos e mais.

Em resumo, o trabalho de um videomaker consiste basicamente no planejamento, na execução das gravações (ou filmagem como também é conhecido), na edição e na entrega do vídeo (exportação) para o cliente final.

Videomakers também atuam na seleção de locações para gravações, a contratação de atores, figurantes e equipe, a captura de imagens de vídeo e áudio de alta qualidade e a criação de efeitos visuais, produção de motion graphics e produção de áudio em softwares específicos.

Videomaker ao lado de iluminação fresnel de cinema

Além das habilidades técnicas, os videomakers também precisam ser criativos, ter um senso de estética visual e boas habilidades de comunicação interpessoal e saber contar uma história da forma correta para poder criar vídeos que sejam atraentes e eficazes na hora de transmitir a mensagem.

Um dos videomakers de maior sucesso no Brasil é conhecido pela criação de videoclipes de funk e que já atraiu a atenção de mais de 66 milhões de seguidores e possui mais de 37 bilhões de visualizações em seu canal oficial do YouTube.

KondZilla (Konrad Cunha Dantas) como é conhecido no meio artístico, começou na carreira como videomaker após alguns trabalhos em pós-produtoras de São Paulo e passou a fazer vídeoclipes como forma de complementar a renda. Após produzir mais de 150 músicas (incluindo alguns videoclipes) e trabalhar com artistas de peso como Charlie Brown Jr., Racionais MC’s, Karol Conka, entre outros, tornou-se um dos mais bem sucedidos produtores de conteúdo audiovisual do Brasil.

Qual a diferença entre Videomaker e Filmmaker?

Videomaker e filmmaker são termos muito utilizados para quem trabalha com vídeos e filmes.

Existe uma pequena diferença entre os dois termos.

Baseado pelo nome, VIDEOmaker é uma pessoa que produz vídeos em geral incluindo vídeos para Internet, mídias sociais, para eventos, empresas, entre outros.

Já o FILMmaker é um profissional que produz filmes. É a pessoa conhecida por atuar no cinema tradicional, no cinema publicitário, em séries para TV e cinema documentário.

Geralmente, projetos onde o filmmaker atua costumam ter uma duração de produção mais longa do que a de um videomaker.

5 principais funções de um videomaker

Dentre as principais funções que um videomaker pode ter, destacam-se:

1. Planejamento de produção

Planejar um projeto audiovisual pode incluir a criação de um roteiro, a seleção de locações, a contratação de atores, equipamentos e equipe e o orçamento do projeto.

2. Gravação de imagens

Gravar ou captar imagens inclui o processo de gravação do vídeo propriamente dito e a captura de áudio, bem como entender sobre o uso dos equipamentos como câmeras, microfones, lentes, estabilizadores, tripés, iluminação, etc.

3. Edição de vídeo

Editar vídeos é um processo longo e que requer certo conhecimento técnico e artístico.

O editor é responsável por selecionar cada cena que entrará no vídeo, criar efeitos visuais e de áudio e sincronizar áudio e vídeo.

4. Gerenciamento de projeto

Bons videomakers também são bons gerentes de projetos.

E gerenciar um projeto audiovisual inclui o controle de prazos e orçamentos, fazer toda a comunicação com os clientes e coordenar todos os envolvidos da equipe de produção (quando houver).

5. Marketing e promoção

Quando trabalhamos com uma equipe enxuta ou mesmo sozinhos, os próprios videomakers é que são responsáveis por promover seus trabalhos e ir em busca de novos clientes e oportunidades de trabalho.

E para que possam se destacar no ambiente profissional, tanto online quanto presencial, você pode (e deve) criar um portfólio online, participar de feiras e eventos públicos de profissionais da mesma área e utilizar as redes sociais para promover seus trabalhos.

O que devo fazer para ser um videomaker de sucesso?

Para se tornar um videomaker de sucesso é preciso basicamente três elementos principais: estudos, prática e networking.

Bons treinamentos e uma educação de qualidade é fundamental para qualquer curso de especialização em qualquer profissão, certo?

E ter uma formação sólida em técnicas de produção de vídeo, incluindo gravação, edição e efeitos visuais para quem deseja se tornar um bom videomaker não é diferente.

Existem faculdades de cinema e produção audiovisual focadas na carreira de filmmaker (mais voltado para o cinema) e videomaker, cada uma com suas especificidades em relação ao conteúdo acadêmico.

Escolas de formação técnica de produção de vídeos entre outros aspectos da produção também são amplamente encontrados no Brasil com ótimos profissionais atuantes na área como acadêmicos de formação.

Seja em uma escola especializada ou em uma faculdade de audiovisual, desenvolver as habilidades técnicas como videomaker é uma regra que deve ser praticada constantemente para que o profissional possa dominar o uso de diferentes tipos de equipamentos de filmagem e edição de vídeo, bem como as técnicas de captação de áudio.

Videomaker operando camera de video

Photo by TheRegisti on Unsplash

Mesmo enquanto não está atuando profissionalmente, todo videomaker deve manter uma rotina de práticas das habilidades para que possa aprimorá-las cada vez mais.

Muitos videomakers também são fotógrafos(as). A partir das imagens estáticas, o videomaker pratica a composição de imagens, instiga a criatividade, fortalece suas técnicas de edição e está sempre em contato com seus equipamentos, pessoas da área e atualizado no que acontece no universo das imagens.

E lembre-se que as oportunidades de trabalho não aparecem sozinhas ou chegam até você de maneira fácil.

Ser proativo(a) e sair em busca de oportunidades de trabalho, por mais simples que possam parecer, é importante para que você mostre seu trabalho nos lugares onde deseja trabalhar como produtoras de vídeo e cinema ou seus próprios futuros clientes para que aumente suas chances de se colocar no mercado de trabalho audiovisual da forma certa.

Quais são os melhores lugares para trabalhar como videomaker?

Com a crescente demanda por vídeo em praticamente todos os segmentos de negócios, a requisição por profissionais da área de vídeos tem crescido nos últimos anos.

Alguns dos lugares mais procurados por videomakers iniciantes e experientes estão:

1. Estúdios de produção de vídeo

Muitos videomakers começam trabalhando em estúdios independentes de produção de vídeo como estagiários até se tornarem assistentes, coordenadores e técnicos especialistas em determinada área auxiliando na criação de conteúdo para clientes.

2. Agências de publicidade

Em muitos casos, as agências de publicidade contratam produtoras de vídeos para a realização de determinados projetos.

Em outros casos, os videomakers são contratados diretamente pelas agências de publicidade como colaboradores para a criação de vídeos publicitários para seus clientes.

Certas agências, por conta da quantidade de colaboradores ou pela própria especialização (como produção de conteúdo para redes sociais) nem sempre necessitam de grandes equipes de produção de vídeo e acabam contratando videomakers independentes ou freelancers para seus projetos.

3. Empresas

Assim como pequenas agências, certas empresas de diferentes portes contratam videomakers para produzir seus próprios vídeos corporativos para treinamento, comunicação interna/ promoção de produtos ou serviços para eventos ou mídia paga.

4. Escolas, universidades e organizações sem fins lucrativos

Alguns videomakers começam suas carreiras trabalhando para organizações sem fins lucrativos, universidades e escolas logo após o término do curso criando vídeos no estilo documentário para promover diferentes tipos de causas e campanhas diversas de conscientização.

Certas escolas e universidades que oferecem cursos na área audiovisual também podem contratar seus próprios alunos para ingressarem nas atividades que envolvem a produção de vídeos, áudio e projetos internos maiores.

5. Freelancers

Se você prefere não ter vínculo empregatício contínuo e direto com empresas, produtoras e clientes, você pode optar por ser um freelancer ao trabalhar em projetos independentes de forma temporária e atender diversos clientes e empregadores.

Quanto Ganha Um Videomaker?

O salário mensal de um videomaker varia bastante.

Ok, mas quanto?

Isso depende de fatores como:

Em determinadas regiões do país, as comissões e salários podem variar conforme a demanda e a renda da população.

Como em qualquer atividade, o profissional com mais experiência de trabalho acaba sendo mais bem remunerado.

Certas atividades dentro da produção de vídeos podem faturar mais do que outras. Mas esse ganho é muito relativo.

Por exercerem funções completamente diferentes, um roteirista profissional nem sempre irá ganhar mais do que um diretor de fotografia. Ou um diretor de cena nem sempre será mais bem pago do que um produtor de locações.

Assim como acontece na experiência, cada cargo irá ser mais bem remunerado conforme o tempo de atuação do profissional e a quantidade de projetos durante o ano. Ou seja, não existe essa ou aquela profissão que paga melhor.

Como vemos nas redes sociais e na TV, quanto maior a exposição do profissional, mais bem sucedido ele tende a ser.

Mas não quer dizer que, para ser bem-sucedido(a), o profissional tem que obrigatoriamente estar exposto como uma celebridade ou influenciador(a).

O nível de sucesso que falamos aqui é o sucesso entre os clientes e no mercado de atuação.

Por exemplo, existem profissionais como diretores de fotografia, diretores de arte, cenógrafos, assistentes de direção, entre outros que são extremamente bem-sucedidos(as) dentro de suas respectivas áreas de atuação, mas que acabam não ganhando notoriedade junto ao grande público. E isso não é demérito de forma alguma!

Portanto, tendo em vista que alguns videomakers podem ganhar alguns milhares de reais por ano, outros acabam ganhando mais de R$ 100.000 ou mais.

Em termos gerais, videomakers que trabalham em grandes empresas ou estúdios de produção de alta demanda de projetos tendem a ter salários mais altos do que os videomakers que atuam como freelancers e que dependem de projetos individuais como fonte de renda.

Conclusão

Trabalhar na área de vídeo ou de cinema é uma tarefa dinâmica que exige várias habilidades técnicas e criativas do profissional.

Aprender sozinho é importante. Mas ter uma base acadêmica é fundamental para entender detalhes que somente são obtidos por quem já passou pela profissão.

Como em várias áreas, o conhecimento e o networking são fatores que podem ser decisivos para o sucesso na carreira.

Esteja sempre preparado(a) e atualizado(a) para trabalhar em uma área que exige do profissional estar sempre atualizado em uma área específica (como direção de fotografia, direção de arte, produção, edição, iluminação), mas que também pede que ele/ela entenda como funcionam outras áreas relacionadas às suas.

Portanto, leia, inspire-se, pegue referências de outros profissionais, aprenda, faça testes constantes e vá em frente.

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